quinta-feira, 22 de março de 2012

Incêndio de 12 ônibus em Ipojuca, PE, foi criminoso, diz perito do IC


Perícia constatou que alguém jogou combustível nos veículos e ateou fogo.
Iluminação da área e motores não poderiam ter causado o incidente.



Perito diz que incêndio foi criminoso (Gleyson Ramos/Divulgação) 
O incêndio que atingiu 12 ônibus no dia 8 de março, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, foi criminoso, de acordo com o perito Sérgio Almeida, do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil. O fogo teria começado após alguém jogar combustível e atear fogo em um dos ônibus. As chamas se espalharam rapidamente e destruíram os 12 veículos que estavam estacionados no Pátio de Eventos de Ipojuca, na rodovia PE-60
Segundo Almeida, o fogo começou em um ônibus com placa do Rio de Janeiro. “A porta do veículo estava aberta. Alguém jogou combustível e depois tocou fogo. Nesta sexta-feira (23), eu vou pegar o resultado do laboratório para confirmar que combustível foi esse e anexar ao laudo, mas já sabemos que esse foi o agente ígneo, ou seja, a fonte de calor”, explica o perito.
Os veículos estavam estacionados quando o fogo começou. “Todos os indícios mostram que não houve curto circuito. Tinha um botijão de gás em um dos ônibus, que era usado como consultório odontológico móvel, mas não houve explosão ali nem o foco foi lá. E também não houve uma tempestade meteorológica que justificasse ser acidental ou fruto de um raio”, afirma Almeida.
O delegado à frente do caso, Paulo Alberes, espera o resultado final do laudo para poder concluir o inquérito. "As investigações estão bastante adiantadas, mas não posso dar detalhes ainda", afirma o delegado de Ipojuca.
O incêndio não deixou feridos, mas todos os 12 veículos ficaram destruídos - um era escolar, outro usado como consultório odontológico móvel pela prefeitura da cidade e os dez demais faziam transporte de trabalhadores para o Porto de Suape. Ninguém viu como o incêndio começou, mas o fogo se espalhou muito rápido, segundo testemunhas. Três carros do Corpo de Bombeiros foram necessários para controlar as chamas.

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