quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


SELVAGERIA NA FUNASE DE CARUARU: REBELIÃO DEIXA DOIS MORTOS E VÁRIOS FERIDOS

Corpo de Bombeiros esteve no local
Vários internos fizeram uma rebelião na FUNASE (Fundação de Atendimento Socioeducativo), em Caruaru, nesta sexta feira (08).
 O motim teve início por volta das 17h10min, quando dois agentes da unidade foram a uma das casas para levar o lanche da tarde dos menores. Como eles trabalham desarmados, foram dominados pelos internos que pegaram as chaves e começaram a abrir as outras casas e soltar os infratores. Logo em seguida eles fizeram três agentes reféns e começaram a quebrar tudo que encontravam pela frente.
Marcelo Cícero erá de Agreste e respondia por estupro
Marcelo foi queimado vivo
Corpo foi encontro carbonizado
Wellington Manoel de Souza, tinha 17 anos e erá de Bezerros
 A Polícia Militar foi acionada e cercou o prédio para evitar uma fuga em massa. Revoltados os rebelados utilizando colchões e cobertores, atearam fogo nos portões e assassinaram dois internos, sendo eles; Marcelo Cícero da Silva, de 17 anos, que era natural de Agrestina e cumpria medida socioeducativa por estupro, foi queimado vivo. A outra vítima tratasse de Wellington Manoel de Souza, vulgo “Arrim”, de 17 anos, que era de Bezerros e cumpria medida por tráfico. Ele foi morto por espancamento e a golpes de faca artesanal.
 Os meliantes ainda tentaram queimá-lo, mas foram impedidos pelo policiamento. Os Policiais Militares tiveram muito trabalho para controlar o motim, haja vista, dezenas de adolescentes participavam da ação, inclusive jogando pedras nos policiais que tiveram que utilizar bombas de efeito moral para conter os ânimos, e após assumir o controle, os PM´s localizaram dois cadáveres no pátio, um totalmente carbonizado e o outro com pelo menos 25 cortes de faca e a cabeça estourada.
 Foram identificados como autores intelectuais e com atuação direta, tanto na rebelião como nos assassinatos, sete internos, sendo cinco deles menores de idade, um de 15, um de 16 e três de 17 anos. Já os dois maiores foram identificados por Eduardo Jansaro da Silva, vulgo “Dudú”, de 18 anos, que cumpre pena por tráfico de drogas, roubo, assalto e homicídio; Luiz Carlos da Silva, vulgo “Indio” ou “Aldeia” de 18 anos de idade.
Luiz Carlos, de 18 anos de idade
Edurado Jansaro. de 18 anos
 Os acusados confessaram o crime e disseram que mataram as vítimas, porque as mesmas eram “cabuetas”. Eles confessaram ainda que participaram da rebelião na FUNASE do Cabo de Santo Agostinho, onde mataram e arrancaram a cabeça de um interno.
 Os acusados foram levados a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Caruaru, onde foram autuados em flagrante pelo Delegado da Força Tarefa, Dr. Bruno Vital, por duplo homicídio qualificado, tentativas de homicídio, lesão corporal e dano ao patrimônio público.
 Após a lavratura do procedimento, os maiores foram levados para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru, enquanto que os menores retornaram a FUNASE.
 Pelo menos quatro Agentes Socioeducativos sofreram ferimentos, Zenivaldo Freitas Lopes, de 54 anos, que precisou ser hospitalizado; Emerson Domingos, de 38 anos; Luiz Gustavo, de 32 anos e Consuelo Silva Estrela, 36, que foi mantida como refém pelos internos.
 De acordo com o agente Emerson Domingos, que está há oito anos trabalhando na instituição, o motivo dos homicídios, é uma rivalidade que existe entre os internos oriundos da unidade do Cabo e os que são da região de Caruaru.
 Ele (Emerson) também informou que a direção da unidade sabia que os adolescentes que vieram do Cabo planejavam uma rebelião e não tomou qualquer providência, pois quando há alguma fuga ou algum outro problema dentro da unidade os culpados são sempre os agentes que acabam sendo punidos.
 Hoje existem 168 internos na unidade.
 Além de dezenas de Policiais Militares das Guarnições de Áreas, do GATI, ROCAM e CIOSAC, também participaram da mega operação, socorristas do SAMU Regional e Corpo de Bombeiros Militar. Já o levantamento cadavérico foi comandado pelo perito criminal Dr. Teófilo Ribeiro.
 Fonte: Blog do Adielson Galvão 

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