quinta-feira, 12 de abril de 2012

"TEM QUE TER PENA DE MORTE NESSE PAÍS"


Publicação, escrita pelo mentor, conta como mulheres foram mortas em Garanhuns 11/04/2012 14:50 - HENRIQUE FERREIRA, com informações de RENATA COUTINHO, da Folha de Pernambuco


Aguinaldo Lima/Folha de Pernambuco Jorge Beltrão Negro Monte da Silveira é um dos envolvidos no crime Aguinaldo Lima/Folha de Pernambuco Corpos foram encontrados em valas no quintal de uma casa Um livro poderá ser a peça chave para a Polícia Civil descobrir a motivação e como ocorreram as mortes de duas mulheres que estavam desaparecidas e foram encontradas mortas, na manhã desta quarta-feira (11), em Garanhuns. A publicação, intitulada “O diário de um esquizofrênico”, foi escrita por Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 50, e mostra um homem perturbado por doença mental e com alma violenta. A narrativa traz fortes indícios de que estaria contando como se deu o duplo homicídio das duas mulheres na casa do suspeito. Jorge, mentor do crime, a esposa Isabel Cristina Pires da Silveira, a Bel, 51, e a mulher que seria amante dele, Jéssica Camila da Silva Pereira, 22, são apontados como os responsáveis pelos assassinatos de Giselly Helena da Silva, 31, e Alexandra da Silva Falcão, 20. Os corpos das vítimas, esquartejados, foram encontrados enterrados no quintal da casa da família. O trio foi preso nesta quarta-feira (11), quando a polícia encontrou os corpos Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20. Elas foram esquartejadas e enterradas dentro de um saco no quintal de uma casa, localizada na rua dos Emboabas, no bairro Jardim Liberdade. Os envolvidos moravam na mesma residência e formavam um triângulo amoroso. A polícia só conseguiu chegar aos suspeitos após a investigação do desaparecimento de Giselly. Ainda de acordo com a polícia, a vítima havia saído de casa no dia 25 de fevereiro, alegando ter recebido uma proposta de Isabel, que se identificou como Yolanda, para trabalhar como doméstica na casa do trio. Lá ela receberia um salário e meio. Giselly chegou a avisar aos seus familiares que tinha aceitado a proposta. A família decidiu entrar em contato com a polícia que começou a investigar um suposto sequestro. Após dois dias do desaparecimento, faturas de cartão de crédito começaram a chegar na residência de Giselly. Isso chamou a atenção dos agentes que decidiram se dirigir aos estabelecimentos que constavam no documento em busca de informações que pudessem levá-los ao paradeiro da moça. A partir daí conseguiram ter acesso a imagens do circuito interno de câmera de algumas dessas lojas. A partir disso, identificaram os três suspeitos fazendo compras com o cartão da vítima. LIVRO REVELA DETALHES DOS CRIMES No último dia 28 de março, Jorge da Silveira procurou o Cartório do 3º Ofício de Notas de Garanhuns para reconhecer firma e a autoria de “O diário de um esquizofrênico”. O livro, impresso em folhas de papel ofício, é da autoria dele e foi distribuído em alguns pontos da cidade. Nas páginas, depoimentos de sua infância, adolescência e vários capítulos que falam sobre a morte de uma tal “adolescente do mal”. “Combinei com Bel e com Jéssica um modo de destruí-la, e chegamos a uma conclusão: matá-la, dividi-la e enterrá-la”, dizia um trecho do capítulo “O plano macabro para destruir adolescente do mal”. Outro trecho do diário contém a passagem “antes que a adolescente do mal tivesse a possibilidade de reagir eu a imobilizo. Jéssica entra no quarto para me ajudar, enquanto Bel corre para a cozinha e voltando com uma faca... Pego a faca e dou um golpe forte e preciso, atingindo sua jugular”. Outra passagem pode até mesmo indicar que o trio praticou o canibalismo. “Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal como se fosse um ritual de purificação”, traz o capítulo 16, intitulado “A dividida”. Os relatos do diário confirmam a narração dos fatos feita pela filha de Jéssica com Jorge, uma menina de apenas cinco anos, que teria presenciado os crimes. A criança contou à polícia que foi o pai quem desferiu as facadas. Tanto Isabel quando Jorge Beltrão têm histórico de distúrbios psiquiátricos e eram acompanhados pelo Caps de Garanhuns. O médico que tratava de ambos está de férias e não foi encontrado, mas fontes da Folha indicaram que o casal fazia tratamento contra a esquizofrenia. A última vez que Jorge foi até o Caps foi na última terça-feira. A psiquiatra Ana Távora comentou que geralmente o esquizofrênico não tem um comportamento tão agressivo que leve a premetidação de mortes. “Esse comportamento é mais típico do psicopata, mas o caso deve ser bem analisado pelo médico forense que vai acompanhar a investigação”, frisou. E TER

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